VOCÊ SABIA QUE EXISTE UMA TÉCNICA CIENTÍFICA PARA TREINAR A BONDADE E COMPAIXÃO NAS CRIANÇAS?

Por Lourdes Vanessa
      
                    Richard Davidson é um pesquisador norte-americano na área de neurociência afetiva (neuropsicologia) que acredita que podemos treinar a ternura, a gentileza e a bondade. No segundo ano da faculdade de Harvard, ele foi à India estudar sobre meditação. Depois, de volta aos EUA, pesquisou pessoas meditando e descobriu que em cerca de duas horas o cérebro muda  suas estruturas . Ele tira uma amostra do sangue dos meditadores antes e depois do processo para analisar a expressão de seus genes. Notou que diminui inflamações no organismo, o que foi útil para o tratamento da depressão, do estresse e da ansiedade. Até o Dalai Lama elogiou seu trabalho em 1992 e, numa história bem marcante sobre eles, conta-se que o respeitado tibetano sugeriu-lhe focar suas pesquisas não apenas no tratamento do que é negativo, mas principalmente no despertar da gentileza e compaixão nas pessoas por meio da meditação. Esses sentimentos jamais haviam sido estudados pela ciência antes! 
                    Agora, o melhor: Davidson afirma que para melhorar o desempenho acadêmico de crianças e jovens, deve-se treinar com eles os bons sentimentos! Ele deixa até uma espécie de técnica para isso, que pode ser ilustrada assim: “O adulto, que pode ser um professor, pais, treinadores, etc., pede que se sentem em uma posição confortável e fechem seus olhos (podendo até mesmo deitar a cabeça entre os braços sobre uma mesa), se aquietem, relaxem seus corpos físicos (pés, pernas, braços, pescoço, nuca, franzimento da testa)  e pensem em uma pessoa querida para eles. Em seguida, solicita que relembrem um momento em que essa pessoa tenha passado por um sofrimento e o jovem ou a criança sentiu que seria muito bom poder ajudá-la a se livrar disso. Depois, pede-se que imaginem que outras pessoas conhecidas sem tantos laços afetivos estejam passando pelo mesmo sofrimento e que também se tem vontade de ajudá-las, ampliando o foco em alguns minutos para desconhecidos no mundo todo enfrentando o mesmo sufoco e, entre elas, estão também aqueles que nos irritam, mas nesse momento não nos importamos com isso e só sentimos vontade de auxiliá-los porque apresentam-se muito fracos. Nesse momento, o adulto sugere que uma intensa luz de poder desce sobre o mundo, os problemas se acabam, todos ficam felizes, saudáveis e em paz. Explicamos para a criança (ou o jovem) que ela (ele) conseguiu ajudá-los por meio da luz/força de seu desejo sincero e bondade. O amor reina no planeta.”
             Agora me diga como você se sentiu após ler isso? Pois é... O pesquisador acredita que exercícios desse tipo podem eliminar o bullying nas escolas. Então, resolveu implementar mundialmente um programa para mentes saudáveis, o Healthy Minds , com quatro pilares: atenção, cuidado com o próximo, conexão com os demais, gratidão por ser saudável. Ele quer espalhar seu treinamento científico da bondade pelas escolas, hospitais, empresas, instituições de todos os tipos! O que ele mais sonha  é em convencer os líderes mundiais do rigor científico e da transformação positiva presentes nessa ferramenta investigada por ele. Que tal, você adulto que está lendo isso ajudá-lo? Nossa! Eu ajudar um pesquisador renomado de Harvard e depois da Universidade de Wisconsin-Madison, membro do conselho do Foro Econômico Mundial de Davos, ganhador de prêmios e exaltado entre as cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Times???? É, você sim, porque ele não vai poder ir até o lado de cada criança que você conhece e treinar a ternura e compaixão nelas. Mas VOCÊ PODE! E pode começando por ser um bom exemplo disso para elas também.
Observação: Amei escrever este texto e espero que vocês amem lê-lo também.

Referência de pesquisa:
https://www.portalraizes.com/richard-j-davidson/




REFLEXÕES SOBRE O JOGO NAS AULAS DE MATEMÁTICA: POSSIBILIDADES E LIMITES

 Por Thais Pariz Maluta

                Vários autores da área da Educação Matemática evidenciam a importância da utilização do jogo no processo ensino-aprendizagem da Matemática. O jogo possibilita ao aluno a construção de seu saber, deixando de ser um ouvinte passivo das explicações do professor. Na situação de jogo o aluno se torna mais crítico e confiante, expressa o que pensa e tira suas próprias conclusões sem a necessidade de interferências do professor. A participação do aluno na construção do saber lhe possibilita desenvolver seu raciocínio. Por meio de atividades com jogos os alunos com dificuldades de aprendizagem mudam a imagem negativa do ato de aprender por passarem por experiências desafiadoras que lhes garantam que aprender é interessante. É evidente que o jogo deve ser utilizado em sala de aula, portanto, antes de iniciar a atividade o professor precisa elaborar um projeto de trabalho com este recurso metodológico, analisando a potencialidade educativa que o jogo apresenta e o aspecto curricular que deseja desenvolver.
                 No momento do jogo é fundamental que o professor realize boas intervenções pedagógicas para que os alunos possam atuar ativamente no processo de construção de conceitos matemáticos. Também cabe ao professor criar um ambiente propício ao desenvolvimento desta atividade e escolher jogos que proporcionem desafios aos alunos. Mencionando uma questão inicial, “Os professores das séries iniciais consideram que o jogo é um recurso pedagógico importante para o processo de ensino-aprendizagem da Matemática?”, embora seja evidente a importância do jogo no processo ensino aprendizagem da Matemática, pude notar,  em uma pesquisa realizada no ano 2007 com professores das séries iniciais do Ensino Fundamental de uma escola estadual do município de São Carlos, que ainda são poucos os professores que utilizam este recurso metodológico em sala de aula. Foi percebido também que vários professores priorizam a alfabetização em detrimento do trabalho com conteúdos matemáticos. Este quadro deve ser modificado. É necessário que os professores, em sua formação primeira e também através da formação continuada, sejam capacitados a utilizar recursos metodológicos que possibilitem os alunos aprenderem de forma interessante e significativa.
                Nas aulas de Matemática o jogo é um importante aliado, pois sendo bem orientado este contribui muito para que os alunos aprendam conceitos matemáticos. Vale destacar que vários estudos enfatizam que ao jogar os alunos passam por situações de resolução de problemas, investigam e descobrem melhores jogadas, refletem e analisam as regras, estabelecendo relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos. O jogo possibilita uma situação de prazer e aprendizagem significativa nas aulas de matemática. Ficou nítida a importância do jogo nas aulas de matemática, porém este estudo evidenciou que estas aulas devem ser bem planejadas e orientadas pelo professor para que a atividade não tenha um caráter de “jogar por jogar” e sim que possa auxiliar os alunos no desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação, que estão relacionadas ao raciocínio lógico.

In: MALUTA, Thais Pariz.  O Jogo nas Aulas de Matemática: Possibilidades e Limites. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia.) – Departamento de Ensino. Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, p. 54,55. 2007.


A primeira professora

Minha primeira professora, dona Irma, era tradicionalíssima, mas não nos recepcionou no primeiro dia já com exercícios caligráficos, como e...